James Watt
Inventor da moderna máquina a vapor, que possibilitou a revolução industrial, James Watt foi mundialmente reconhecido quando seu nome foi dado à unidade de potência de energia -- watt.
Por não possuir o certificado de aprendiz, teve dificuldades em montar uma oficina em Glasgow. Em 1757, no entanto, conseguiu ser escolhido para fabricar e reparar instrumentos matemáticos da Universidade de Glasgow.
Em 1763 recebeu para consertar uma máquina a vapor do tipo Newcomen, a mais avançada de então. Observou que a perda de grandes quantidades de calor era o defeito mais grave da máquina, e idealizou então o condensador, seu primeiro grande invento, dispositivo que seria mantido separado do cilindro mas conectado a ele. No condensador a temperatura do vapor seria mantida baixa (cerca de 37o C), enquanto no cilindro permaneceria elevada. Procurou, assim, alcançar o máximo de vácuo no condensador. Watt fechou o cilindro, que antes permanecia aberto, eliminou totalmente o ar e criou uma verdadeira máquina a vapor.
Em 1769 obteve a primeira patente do invento e de vários aperfeiçoamentos por ele próprio concebidos. Endividado, associou-se a John Roebuck, que o ajudou financeiramente. Um protótipo foi construído e sobre ele se realizou a correcção de algumas falhas. Matthew Boulton, dono de uma firma de engenharia, comprou a parte de Roebuck e deu início à construção das máquinas projectadas por Watt.
De amplo emprego na secagem de minas, o engenho de Watt era destituído de qualquer aplicação mais prática até que seu inventor idealizou a "gaveta", movida pela própria máquina e destinada a fazer o vapor actuar sobre as duas faces do êmbolo, ao mesmo tempo que impelia o vapor para o condensador. Novos detalhes foram ainda aperfeiçoados até que o motor atingiu a forma sob a qual tornou-se universalmente empregado a partir de 1785. James Watt morreu em Heathfield Hall, perto de Birmingham, Inglaterra, em 25 de Agosto de 1819.
Alessandro Volta
Alessandro Volta nasceu em Como, Itália. Em 1780, Volta mostrou que a origem da corrente eléctrica, descoberta por Luigi Galvani, não estava nos seres vivos mas sim no contacto entre dois metais diferentes num meio ionizado. Volta contrariava assim as afirmações de Galvani apoiadas em experiências com órgãos de animais e electricidade. Decorrente destas suas investigações construiu as primeiras pilhas químicas no final do século xviii, marcando o início do estudo da electricidade e dos circuitos eléctricos. Estes estudos foram as bases do rápido desenvolvimento da teoria electromagnética nas décadas seguintes. Volta também descobriu e isolou o gás metano e inventou o electróforo, aparelho que permite produzir cargas electrostáticas por atrito. Em 1801 fez uma demonstração da pilha química a Napoleão, que o condecorou com o título de conde. Foi director da Faculdade de Filosofia da Universidade de Pádua.
Georg Simon Ohm
Físico e matemático alemão, nasceu em Erlangen, na Baviera. Foi professor de matemática em Colónia e em Nuremberga. Entre 1825 e 1827, Ohm desenvolveu a primeira teoria matemática da condução eléctrica nos circuitos, baseando-se no estudo da condução do calor de Fourier e fabricando os fios metálicos de diferentes comprimentos e diâmetros usados nos seus estudos da condução eléctrica. Este seu trabalho não recebeu o merecido reconhecimento na sua época, tendo a famosa lei de Ohm permanecido desconhecida até 1841 quando recebeu a medalha Copley da Royal britânica. Até essa data os empregos que teve em Colónia e Nuremberga não eram permanentes não lhe permitindo manter um nível de vida médio. Só depois de 1852, dois anos antes de morrer, conseguiu uma posição estável como professor de física na Universidade de Munique.
André-Marie Ampère
Nasceu próximo a Solidade, na França em 1775. Foi professor de Análise na Escola Politécnica de Paris e no Collège de France. Em 1814 foi eleito membro da Academia de Ciências. Ocupou-se com vários ramos do conhecimento humano, deixando obras de importância, principalmente no domínio da física e da matemática. Partindo das experiências feitas pelo dinamarquês Hans Christian Oersted sobre o efeito magnético da corrente eléctrica, soube estruturar e criar a teoria que possibilitou a construção de um grande número de aparelhos electromagnéticos. Além disso descobriu as leis que regem as atracções e repulsões das correntes eléctricas entre si. Idealizou o galvanómetro, inventou o primeiro telégrafo eléctrico e, em colaboração com Arago, o electroíman.
Entre suas obras, deixou por terminar Ensaio sobre a filosofia das Ciências, na qual iniciou a classificação do conhecimento do homem. Publicou Recueil d'Observations électro-dynamiques; La théorie des phénomènes électro-dynamiques; Précis de la théorie des phénomènes électro-dynamiques; Considérations sur la théorie mathématique du jeu; Essai sur la philosophie des sciences.
Em sua homenagem, foi dado o nome de ampere (símbolo: A ) à unidade de medida da intensidade de corrente eléctrica.
Hans Christian Oersted
Em um ensaio publicado em 1813 ele previu que deveria existir uma ligação entre a eletricidade e o magnetismo. Em 1819, durante uma aula de Eletricidade, aproximou uma bússola de um fio percorrido por corrente. Com surpresa, observou que a agulha se movia, até se posicionar num plano perpendicular ao fio. Quando a corrente era invertida, a agulha girava 180º, continuando a se manter nesse plano. Esta foi a primeira demonstração de que havia uma relação entre electricidade e magnetismo.
Esse efeito, que foi chamado efeito de Oersted, pode ser verificado com uma pilha comum de 3 volts, um pedaço de cobre e uma bússola de bolso. Faça o fio passar sobre o vidro da bússola. Ligue uma ponta do fio a um dos pólos da pilha e a outra ao pólo oposto. Assim que fizer a segunda ligação, a agulha da bússola mudará de direcção: deixará de apontar para o Norte para se colocar perpendicular ao fio de cobre.
A descoberta do efeito de Oersted levou à fabricação dos primeiros galvanómetros. O galvanómetro compõe-se de uma agulha imanada, circundada por uma bobina de fio metálico. Quando a corrente eléctrica atravessa a bobina, a agulha se desvia - evidenciando a passagem da corrente. O desvio para um lado ou para o outro, indica o sentido em que a corrente está fluindo pelo fio. Dependendo da intensidade da corrente este desvio pode ser maior ou menor.
Michael Faraday
Michael Faraday nasceu perto de Londres. Aos 14 anos deixou a escola e começou a trabalhar. Durante oito anos foi aprendiz num encadernador, beneficiando da tolerância de seu patrão que lhe permitia ler os livros que encadernava. Em 1810 fez-se membro da City Philosophical Society, reunindo-se a um grupo de jovens que discutiam temas científicos. Em 1812, Humphry Davy ao fazer uma apresentação pública ganhou a admiração do jovem Faraday. Este, escreveu-lhe uma carta acabando por se tornar seu assistente um ano mais tarde. São muitas as contribuições de Faraday para física e para a química sendo provavelmente o maior físico experimental de todos os tempos. Faraday introduziu os conceitos de campo e de linhas de campo e descobriu a indução electromagnética e o diamagnetismo. Construiu o primeiro gerador de corrente. Seguindo o trabalho de Davy, estudou a electrólise estabelecendo as bases da electroquímica. Sendo um cientista tão ecléctico, a biografia de Faraday abre este capítulo pela importância do seu trabalho no estudo dos condensadores e dos dieléctricos.
terça-feira, 3 de março de 2009
Grandes da Electrecidade
Publicada por NEW à(s) 20:52
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